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Escassez de investimentos em startups: o que dizem os especialistas do Disrupt?

7 de junho de 2023

As startups são negócios que envolvem empreendedorismo, tecnologia e, principalmente, inovação. Apesar de terem sido muito associadas ao âmbito financeiro e digital, das fintechs e aplicativos de celular, por exemplo, elas não são exclusivas desses setores. Empreendedores de outras áreas também têm investido em grandes (e novas) ideias. Por isso, os investimentos em startups se tornaram um assunto recorrente nos portais sobre economia.

De olho nas mudanças, em 2021, o escritório de advocacia Demarest criou o Disrupt, uma equipe preparada especialmente para oferecer suporte jurídico e consultoria para que as startups cresçam a despertem o interesse de investidores. O Disrupt tem acompanhado de perto o atual cenário do mercado para entender o que está por trás da chamada “crise nas startups”, marcada pelos layoffs em muitas empresas, e orientar os clientes ao sentido adequado.

O que seria essa tal de “crise nas startups”?

Para Daniel Caramaschi, sócio do Demarest, “crise” é uma palavra forte. Trata-se de uma redução de investimentos em startups gerada pela escassez de liquidez no mercado, uma vez que os investidores estão mais conservadores e criteriosos na tomada de decisão sobre no que e quando investir.

Eles acabam se voltando a empresas tradicionais em setores com o mercado mais consolidado para evitar correr riscos adicionais; lembrando que, em razão do caráter inovativo, startups são consideradas, por natureza, investimentos de risco. Ademais, para o sócio, a redução no volume de investimentos é geral, não exclusiva das startups, atingindo também outros tipos de negócios mais tradicionais. 

Consequentemente, observam-se ondas de layoffs em startups, assim como um movimento de retorno dos executivos que buscam estabilidade profissional para as empresas tradicionais. Contudo, o mercado é ágil e flexível a qualquer estímulo, portanto, é cedo para afirmar que há de fato uma mudança mais definitiva na dinâmica de investimentos em startups.

O mercado costuma reagir rápido aos estímulos do setor, de forma que, ao menor sinal de estabilidade, investidores e profissionais podem rapidamente regressar a este tipo de empresa.

Um cenário global

A escassez de investimentos em startups é percebida em todo o mundo, nos diferentes setores, não apenas no Brasil. Diversos países sofrem com a inflação e as consequências econômicas do pós-pandemia e da Guerra na Ucrânia, além das suas situações particulares, causando um receio de ordem global na hora de escolher onde investir.

No Brasil, isso não seria diferente. Internamente, o País passou por uma mudança de governo e planeja a reforma tributária que, depois de anos de discussão, promete evoluir de alguma forma fatores que interferem na economia. No entanto, Caramaschi considera a situação brasileira condizente ao cenário mundial e recorda que o Brasil possui um mercado enorme e ainda carente de inovação, portanto as oportunidades são inúmeras.

O advogado ainda defende que, apesar da criação do Marco Legal das Startups em 2021, é necessário o desenvolvimento de outras leis voltadas ao incentivo desse tipo de negócio no Brasil. O Marco é um grande ponto de partida para se falar da legislação envolvendo startups, mas ainda precisa abordar diretamente as dores do negócio, como as questões tributárias e trabalhistas e a minimização de riscos dos investidores.

O futuro dos investimentos em startups no Brasil

A onda de layoffs nas startups é uma solução de curto prazo diante da atual recessão. Para continuar lidando com isso, elas também precisam seguir medidas que visam médio e longo prazo, reestruturando-se e reinventando-se.

De acordo com Caramaschi, é necessário compreender em qual fase de negócio a startup está para ponderar os próximos passos e avaliar no que é mais importante investir esforços agora. Pode ser preciso recalcular rotas e alterar ideias para que sejam mais simples e menos custosas, pelo menos até os investimentos se intensificarem.

O Disrupt do Demarest

Uma startup passa por diversas fases até atingir a maturidade e se candidatar ao status de unicórnio, desde a etapa embrionária, em que os empresários testam a ideia, até as rodadas de investimentos e abertura de capital. É importante contar com um suporte jurídico para formalizar o negócio, elaborar contratos, obedecer leis, estabelecer regras de governança e formalizar a estrutura societária.

Segundo Caramaschi, a situação atual “mudou a percepção de importância das startups no que se refere a ter seus documentos formalizados, a ter a casa organizada”. É justamente nesse ponto em que está um dos grandes trunfos do Demarest, escritório que conta com profissionais de todas as áreas do Direito Empresarial para assessorar clientes em assuntos diversos com agilidade e criatividade. O advogado complementa que manter o negócio com o respaldo de um escritório de advocacia tradicional, como o Demarest, passa muito mais segurança aos investidores.

O Disrupt do Demarest oferece este suporte jurídico e ainda serviço de consultoria desde as etapas iniciais, para que empreendedores tomem os caminhos corretos. Dessa forma, não aparecem surpresas e percalços quando a startup está em vias de receber um investimento: a casa já está em ordem, pronta para decolar – e isso é fundamental para superar um cenário de recessão.


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